Intel Skylake: Menor, econômico e poderoso

Skylake

Em agosto a Intel Skylake foi divulgada — em São Francisco, na Califórnia — na IDF15 — a Intel Developer Forum – e agora é lançada para os ansiosos consumidores.

Como era de se esperar, o foco da nova geração é continuar investindo na economia de energia, sem deixar a questão da performance de lado.

Desde já adiantamos, não espere grandes melhorias na frequência, já que as otimizações são focadas em outros componentes que podem garantir melhores resultados na comunicação interna dos componentes do processador. Um dos destaques da nova plataforma é o suporte para a tecnologia DDR4, que deve dobrar a largura total de banda de memória.

Os processadores da linha Skylake são focados em diversos segmentos, com consumo que varia de 4,5 watts em tablets até 95 watts nos computadores. Graça ao uso inteligente da energia, esses chips têm espaço de sobra para aumentar o desempenho e lidar melhor com as temperaturas mais elevadas.

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Além dessas questões, a Intel ressaltou que o objetivo da nova série não é apenas evoluir os núcleos, mas também todos os componentes que ficam ao redor dos componentes de processamento. Assim, os processadores como um todo — sejam para computadores ou dispositivos móveis — terão seus tamanhos diminuídos.

A ideia é levar aparelhos cada vez mais compactos e leves ao consumidor. Apesar de não ser algo que esteja ao alcance da empresa, o objetivo é reduzir também o tamanho das placas-mãe e outros itens. Pensando nos aparelhos compactos, a Intel embutiu, em alguns chipsets, barramentos para comunicação com dispositivos de armazenamento e câmeras.

Uma jogada impressionante foi a inclusão de processadores de sinal de imagem em alguns chips da nova linha. Esses componentes poderão controlar até quatro câmeras de 13 MP, com duas ativadas simultaneamente. Os produtos Intel poderão processador vídeos em 4k@30fps ou 1080p@60fps, detectar rostos, realizar captura em modo panorama e trabalhar com HDR.

Energia é o foco principal

A linha Skylake melhora o uso de recursos com controles mais precisos. Agora, quando o processador não necessita de uma determinada unidade, ele pode simplesmente desabilitá-la. Vamos supor que um programa não usa instruções AVX2 ou SSE4.2, o chip logo detecta tal característica e desliga um setor que não será necessário naquele momento.

O que antes era controlado via sistema operacional foi passado para a CPU. O sistema ainda consegue gerenciar algumas coisas, podendo reduzir a frequência para economizar bateria, mas o processador atua na maior parte do tempo. De acordo com o ArsTechnica, ele pode baixar o clock para 100 MHz, o que é ótimo em alguns casos.

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Antigamente, o processador tinha de enviar uma informação para o sistema (informar sobre recursos livres, relatar um aumento de temperatura) e aguardar para que o software desse uma ordem. Nos atuais componentes, a CPU detém esse tipo de controle e sabe como proceder, evitando desperdício de tempo e poupando recursos.

Outra ideia inteligente da arquitetura Skylake é o desligamento parcial de energia. Quando o processador não tem muito trabalho a ser realizado, a frequência é reduzida drasticamente, mas, quando ela chega num limite, o processador pode suspender a atividade parcialmente, reduzindo ainda mais o consumo.

Mais instruções e mais memória

Obviamente, energia e novas funcionalidades são importantes, mas para quem busca mais desempenho, a nova série de chips da Intel também tem algumas surpresas na manga. Ao contrário do que muitas pessoas têm em mente, a frequência do processador não é o único fator que dita a performance geral. Há muito mais envolvido no interior do componente.

Uma das principais vantagens da linha Skylake está na forma como a plataforma lida com as informações armazenadas em cache. A nova arquitetura pode buscar e enviar até seis instruções simultaneamente, sendo capaz de armazenar em buffer até 224 instruções. Para você ter uma ideia, na atual geração, a Haswell, os processadores só guardam 192 instruções.

O armazenamento temporário de informações, também conhecido como prefetch, está mais inteligente, sendo ativado somente quando necessário. Em teoria, o uso reduzido deste segmento deve liberar mais energia para o processador trabalhar com clocks mais elevados.

Quanto às instruções, a Intel divulgou que a aceleração AES teve o processo de criptografia melhorado em até 33%. A saída do buffer principal (que liga os núcleos aos demais itens) teve sua performance dobrada sem precisar consumir mais energia. A Intel também promete mais desempenho graças ao aumento no cache L3, que vai de 1,5 MB para 2 MB por núcleo.

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Um diferencial em termos de arquitetura se deu na alteração do posicionamento da memória eDRAM. Antes conhecida como cache L4, tal módulo agora fica fora do encapsulamento dos núcleos, sendo ligado diretamente ao agente do sistema, componente que permite o uso da memória por todos os itens do processador, incluindo o barramento PCI-Express.

Basicamente, os Intel Skylake não têm memória cache L4, sendo que a eDRAM agora é a memory side cache. A nova eDRAM pode acessar qualquer dado dos núcleos e armazenar qualquer informação, mesmo aquelas que o sistema operacional indica que não devem ser guardadas no cache.

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Fonte: PCWorld, TechReport, ArsTechnica, Intel, NeoWin, WCCFTech e TecMundo.

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